Governo anunciou Renato Janine Ribeiro para a pasta nesta sexta-feira.
Desafio é implantar o PNE em meio à crise, dizem especialistas.A presidente Dilma Rousseff anunciou o nome do professor e filósofo Renato Janine Ribeiro para assumir o Ministério da Educação, no fim da tarde desta sexta-feira (27). Segundo o governo federal, a posse será no dia 6 de abril.
Segundo pesquisadores, gestores e especialistas da área, um nome como Janine Ribeiro é bem recebido por causa de sua experiência tanto em sala de aula e em cargos de fomento de pesquisa e avaliação educacional, quanto por seu trabalho de pesquisa acadêmica nas áreas de filosofia política, ética e democracia.
Veja abaixo algumas opiniões de políticos e educadores sobre a escolha de Renato Janine Ribeiro para o MEC:
Luiz Cláudio Costa, ministro interino da Educação e secretário-executivo do MEC:
"Eu já me reuni com o professor, ele é um grande nome da área. Eu diria que é um nome que tem muita relevância para a educação do país, profundidade, entende muito da área, tem muita capacidade e foi uma escolha acertada da presidenta Dilma. Ela o escolheu para compor o governo e acho que foi uma excelente escolha para o Brasil."
"Eu já me reuni com o professor, ele é um grande nome da área. Eu diria que é um nome que tem muita relevância para a educação do país, profundidade, entende muito da área, tem muita capacidade e foi uma escolha acertada da presidenta Dilma. Ela o escolheu para compor o governo e acho que foi uma excelente escolha para o Brasil."
Senador Cristovam Buarque (PDT-DF), ministro da Educação no governo Lula:
"É uma indicação positiva por ser um nome técnico e respeitado. Ele é um grande filósofo. Eu diria que é um dos meus filósofos preferidos no Brasil de hoje. A presidente Dilma demonstrou um cuidado de não usar o ministério nas negociações partidárias, isso é muito bom. Ao contrário do que fez na escolha de Cid Gomes, que foi uma indicação para acomodar partidos. Não sei se ele vai se preocupar com educação de base ou se vai continuar como os ministros do governo Lula e Dilma que se preocupam mais com o ensino superior. Investir no ensino superior dá voto. Mas é uma ilusão achar que o ensino superior pode ser de qualidade com educação de base catastrófica como está no Brasil."Deputado Saraiva Felipe (PMDB-MG), presidente da Comissão de Educação da Câmara:
"É uma indicação positiva por ser um nome técnico e respeitado. Ele é um grande filósofo. Eu diria que é um dos meus filósofos preferidos no Brasil de hoje. A presidente Dilma demonstrou um cuidado de não usar o ministério nas negociações partidárias, isso é muito bom. Ao contrário do que fez na escolha de Cid Gomes, que foi uma indicação para acomodar partidos. Não sei se ele vai se preocupar com educação de base ou se vai continuar como os ministros do governo Lula e Dilma que se preocupam mais com o ensino superior. Investir no ensino superior dá voto. Mas é uma ilusão achar que o ensino superior pode ser de qualidade com educação de base catastrófica como está no Brasil."Deputado Saraiva Felipe (PMDB-MG), presidente da Comissão de Educação da Câmara:
"Acho uma boa escolha. É alguém que reflete sua opinião em artigos frequentes na imprensa. É um intelectual conhecido e reconhecido. Sobressai o ministério dela. Acho que dá credibilidade para a pasta. Ele precisará ter recursos, ou seja, investimento e autonomia. Não tem jeito de não fazer o ajuste fiscal, mas as áreas da educação e saúde deveriam ser poupadas, ainda mais se o slogan do segundo mandato é Brasil Pátria Educadora."
Alejandra Meraz Velasco, coordenadora geral do movimento Todos Pela Educação:
"Já é uma boa notícia que a nomeação tenha sido rápida. E o Renato é interessante porque ele tem interlocução de longa data com muitos dos setores necessários para a articulação política, que costuma ser prejudicada por descontinuidades (como a substituição de ministros). Como ministro, ele enfrentará, mais do que a questão orçamentária, a definição da Base Nacional Comum e do Currículo de Formação de Professores, que estão atrelados ao Plano Nacional de Educação."
"Já é uma boa notícia que a nomeação tenha sido rápida. E o Renato é interessante porque ele tem interlocução de longa data com muitos dos setores necessários para a articulação política, que costuma ser prejudicada por descontinuidades (como a substituição de ministros). Como ministro, ele enfrentará, mais do que a questão orçamentária, a definição da Base Nacional Comum e do Currículo de Formação de Professores, que estão atrelados ao Plano Nacional de Educação."
Vahan Agopyan, vice-reitor da Universidade de São Paulo (USP):
"A USP se sente honrada pela indicação do professor Renato Janine Ribeiro como novo ministro da Educação. Estamos certos que ele contribuirá, com sua formação e experiência ilibadas, para a melhoria da educação em nosso país
"A USP se sente honrada pela indicação do professor Renato Janine Ribeiro como novo ministro da Educação. Estamos certos que ele contribuirá, com sua formação e experiência ilibadas, para a melhoria da educação em nosso país
Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação:
"Em primeiro lugar, é uma surpresa e uma boa surpresa. Renato Janine Ribeiro é um excelente intelectual, que teve boa experiência de gestão na presidência da Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior] e que tem a primazia dos Direitos Humanos como princípio. Ou seja, minhas expectativas são as melhores. Ele terá de tirar o PNE [Plano Nacional de Educação] do papel. Isso significa que, com diálogo, será preciso revisitar o PNE, para construir caminhos para cumprir as metas e estratégias. O que não pode ocorrer é se ignorar o plano. Esse é o desafio do novo ministro"
"Em primeiro lugar, é uma surpresa e uma boa surpresa. Renato Janine Ribeiro é um excelente intelectual, que teve boa experiência de gestão na presidência da Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior] e que tem a primazia dos Direitos Humanos como princípio. Ou seja, minhas expectativas são as melhores. Ele terá de tirar o PNE [Plano Nacional de Educação] do papel. Isso significa que, com diálogo, será preciso revisitar o PNE, para construir caminhos para cumprir as metas e estratégias. O que não pode ocorrer é se ignorar o plano. Esse é o desafio do novo ministro"
Cleuza Repulho, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime):
"Estou contente, acho que a preocupação realmente com a educação se mostra, porque coloca um professor e alguém que tem um histórico importante na educação. "Por toda a análise política que ele faz desse contexto, do pacto federativo, acho que ele é uma pessoa que conhece o país e toda essa lógica democrática. Espero com ele encontrar um Ministério da Educação aberto ao diálogo com os estados e municípios para que a gente possa de fato colocar em prática o PNE e chegar à pátria educadora."
"Estou contente, acho que a preocupação realmente com a educação se mostra, porque coloca um professor e alguém que tem um histórico importante na educação. "Por toda a análise política que ele faz desse contexto, do pacto federativo, acho que ele é uma pessoa que conhece o país e toda essa lógica democrática. Espero com ele encontrar um Ministério da Educação aberto ao diálogo com os estados e municípios para que a gente possa de fato colocar em prática o PNE e chegar à pátria educadora."
Claudia Costin, diretora global de educação do Banco Mundial:
"O professor Renato Janine é um acadêmico bastante respeitado, aberto ao diálogo e com experiência em Educação. Foi diretor da Capes e nessa condição participou do processo da gestão da política de ensino superior. Terá desafios importantes para assegurar Educação de qualidade no país como a elaboração da Base Curricular Nacional, a reformulação do ensino m, a revisão das propostas curriculares das faculdades de educação, o fomento da excelência nos cursos superiores. A expansão da educação Infantil e, em especial, da universalização da pré-escola até 2016 vão colocar um sentido de urgência nas suas ações. 2015 é também ano de Prova Brasil, quando todos os alunos de 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e os de 3º ano do ensino médio são avaliados, o que, junto com o Enem, introduzem um desafio logístico importante. Tem todas as condições para enfrentar esses desafios."
Simon Schwartzman, pesquisador e ex-presidente do IBGE:
"Eu acho uma boa decisão. O Renato tem experiência, trabalhou na Capes bastante tempo, tem uma visão bastante ampla. Espero que faça um bom trabalho. O governo acabou colocando uma pessoa mais técnica e não uma pessoa política, isso é bom. Com o Renato você pode concordar mais ou menos, mas não pode dizer que não é da área, que não conhece. O MEC tem problemas por todo lado. Problemas não faltam, não há nenhum problema novo. Mas acho que alguém que pode entender os problemas e tentar buscar a solução, e buscar as competências que tem no país para ajudar, eu acho que isso ele pode fazer. O medo seria que fosse uma indicação política, para atender o partido A ou B, e isso não foi feito, então acho que foi uma solução boa."
"O professor Renato Janine é um acadêmico bastante respeitado, aberto ao diálogo e com experiência em Educação. Foi diretor da Capes e nessa condição participou do processo da gestão da política de ensino superior. Terá desafios importantes para assegurar Educação de qualidade no país como a elaboração da Base Curricular Nacional, a reformulação do ensino m, a revisão das propostas curriculares das faculdades de educação, o fomento da excelência nos cursos superiores. A expansão da educação Infantil e, em especial, da universalização da pré-escola até 2016 vão colocar um sentido de urgência nas suas ações. 2015 é também ano de Prova Brasil, quando todos os alunos de 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e os de 3º ano do ensino médio são avaliados, o que, junto com o Enem, introduzem um desafio logístico importante. Tem todas as condições para enfrentar esses desafios."
Simon Schwartzman, pesquisador e ex-presidente do IBGE:
"Eu acho uma boa decisão. O Renato tem experiência, trabalhou na Capes bastante tempo, tem uma visão bastante ampla. Espero que faça um bom trabalho. O governo acabou colocando uma pessoa mais técnica e não uma pessoa política, isso é bom. Com o Renato você pode concordar mais ou menos, mas não pode dizer que não é da área, que não conhece. O MEC tem problemas por todo lado. Problemas não faltam, não há nenhum problema novo. Mas acho que alguém que pode entender os problemas e tentar buscar a solução, e buscar as competências que tem no país para ajudar, eu acho que isso ele pode fazer. O medo seria que fosse uma indicação política, para atender o partido A ou B, e isso não foi feito, então acho que foi uma solução boa."
Senador Romário (PSB-RJ), presidente da comissão de educação do Senado:
"A indicação do professor doutor Renato Janine Ribeiro para assumir o Ministério da Educação foi acertada, devido ao seu perfil técnico, por ser de fato um educador. Suas credenciais suscitam respeitado no meio acadêmico e suas experiências práticas trarão um diagnóstico crítico das nossas mazelas educacionais. Espero que ele tenha autonomia para dar um novo rumo à educação do nosso país."
"A indicação do professor doutor Renato Janine Ribeiro para assumir o Ministério da Educação foi acertada, devido ao seu perfil técnico, por ser de fato um educador. Suas credenciais suscitam respeitado no meio acadêmico e suas experiências práticas trarão um diagnóstico crítico das nossas mazelas educacionais. Espero que ele tenha autonomia para dar um novo rumo à educação do nosso país."
Nenhum comentário:
Postar um comentário