sábado, 14 de março de 2015

Dilma posta vídeo na web em que defende a 'livre manifestação'

Ela disse ser de uma época em que não era possível 'protesto nas ruas'.
Brasil tem de defender que manifestação 'seja de forma pacífica', afirmou.A presidente Dilma Rousseff publicou neste sábado (14) em sua página oficial no Facebook um vídeo em que defende a "livre manifestação". A gravação foi feita durante entrevista coletiva após cerimônia de entrega de unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida em Rio Branco (AC), na última quarta-feira (11).

Em sua fala, a presidente disse que é de uma época em que não era possível organizar protestos nas ruas. Segundo ela, durante sua juventude, quem se manifestava “ia diretamente para a cadeia ou era chamado de subversivo e nomes piores”.
“[O governo] não tem o menor interesse, o menor intuito nem tampouco o menor compromisso com qualquer processo de restrição da livre manifestação. Neste país, nós temos o direito de manifestar. O que não temos o direito é de ser violentos. Sabemos que isso não pode acontecer”, disse a presidente.
"O que eu acho é o seguinte: a livre manifestação é algo que o Brasil tem de defender e tem, ao mesmo tempo, de defender que ela seja de forma pacífica", complementou.
Nesta sexta-feira (13), 33 mil pessoas, segundo as autoridades policiais, e 175 mil, segundo organizadores, foram às ruas para protestar em defesa da Petrobras e a favor do governo Dilma Rousseff. Os manifestantes, que foram convocados por centrais sindicais e outras entidades, também reivindicaram direitos dos trabalhadores, reforma agrária e reforma política.
Também estão programadas manifestações contrárias ao governo para este domingo (15) em diversas cidades do país.
Veja íntegra da fala de Dilma no vídeo publicado no Facebook:
"Sou de uma época em que não era possível se manifestar, não. As pessoas que se manifestavam iam diretamente para a cadeia ou eram chamadas de subversivas, ou de nomes piores. Eu acredito que uma das maiores conquistas do nosso país foi a democracia. Eu passei a minha vida inteira manifestando nas ruas, principalmente na minha juventude. Não tenho o menor interesse, o menor intuito, nem tampouco o menor compromisso, com qualquer processo de restrição à livre manifestação neste país. Nós temos o direito de manifestar, nós não temos o direito de ser violentos. Nós sabemos que isso não pode acontecer. Vejam as manifestações de 2013. Elas eram manifestações e foram manifestações pacíficas. Teve um momento em que perdeu-se o controle porque um grupo, não foi a manifestação inteira, um grupo ficou um pouco mais radicalizado e praticou a violência. Inclusive um colega de vocês [da imprensa] foi morto, foi assassinado. O que eu acho é o seguinte: a livre manifestação é algo que o Brasil tem de defender e tem, ao mesmo tempo, de defender que ela seja de forma pacífica"

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